Super frutos, verdade ou marketing?

Saudade de tomar uma tigela de Açaí!

Goji, açaí... estes frutos exótico, os quais estão super na moda por extraordinárias promessas de saúde, é tudo marketing ou realmente essas promessas são verdadeiras?

Pequeno como uma pimenta, ele não é tão glamoroso como os demais frutos, mas falam muito dos seus super poderes.

O Goji, uma fruta que vem do Himalaia, cultivado principalmente na China é muito utilizado na medicina chinesa e tibetana.

Igualmente o Açaí fruta de uma palmeira da Amazônia, vinda do Brasil degusta-se como fruto, mas no Brasil se consome em forma de sorvetes é  também considerado um super fruto.

Sua consumação ajuda a prevenir o envelhecimento celular, e aparição de doenças cardiovasculares. Um mercado crescente com mais 3000 produtos (sucos, capsulas, barra de cereais, fruto seco) os quais foram lançados só em 2009. Toda essa paixão por esse fruto vem do USDA – Departamento Americano de Agricultura que mede o poder antioxidante de 320 alimentos, em valor Orac – (OxygenRadical Libres Absorvance Capacity – Capacidade de absorvência dos radicais livres).

Um pouco como o ferro que enferruja quando é expostos ao oxigênio do ar, nossas células também se oxigenam, explica o Dr. Bertrand Guerineau, nutricionista, autor do livro “Segredos da micro nutrição” (Albin Michel).

Lutando as células fazem intervenção nos sistemas enzimáticos complexos e os antioxidantes entram nesta luta através dos frutos e legumes.

Alerta ainda o Dr. Guerineau, que para prevenir o envelhecimento, além de consumir esses frutos poderosos, devemos fazer atenção aos nossos modos de vida, ou seja, evitar o tabaco, poluição, exposição exagerada ao sol e alimentação desequilibrada.

Frutos com alto poder  antioxigenação:

Como um grande número de bagas e de pequenos frutos, o GOJI, é um dos mais ricos em antioxidante: Aminoácidos. Minerais, micronutrientes, vitaminas B, C e E, carotenóides etc., confirma o Dr. Christophe Girardin-Andréani, fundador da Associação Phytocorsa que comercializa o goji orgânico, vindo do comércio justo (equitáble- pequenos produtores).

No Tibet, as pessoas consomem mesmo suas folhas, as quais são ricas em catéchine (polifenois). Vindo de diversas partes do mundo esses frutos fazem parte da alimentação ancestral que permite cobrir as necessidades em antioxidantes.

O Dr. Girardin alerta para essa moda, uma vez que é dificil conhecer a origem desses produtos, ou seja não se sabe exatamente como foi cultivados e colhidos, se existe alto teor de pesticidas.Afirma ainda que nesses casos é preferível consumidor frutos vermelhos locais como o morango, a cereja e a framboesa, por conhecer sua procedência (ah os franceses e seu patriotismo!).

Para ver como são as coisas! Eu sou de MT, fazemos  fronteira com
o Estado do Pará (produtor de açaí), e nunca tinha provado o mesmo.
Fui apresentada a esta Maravilha em Ribeirão Preto, por  intermédio de uma grande amiga, Sandra.
Ai que delicia!

Já a Dra. Catherine Sertafy-Lacrosnière, nutricionista autora do “Segredo da Alimentação antiinflamatória (Albin Michel), relativa também o uso dos chamados “super frutos”, a baga de açaí é rica em proteína, omega3, fibras, vitamina E etc., etc., mais o morango, a manga ou a uva, contém também grandes quantidades de antioxidantes.

Para Dra Catherine como para o Dr. Bertrand o maior problema e não conhecer a origem desses produtos. Dra. Catherine afirma ainda que é melhor consumir tais produtos em capsula em caso de desconhecimento de sua origem.

Muitos nutricionistas consultados afirmaram temer que a população deixem de consumir frutos frescos substituindo-os por frutos secos e em forma de capsulas.

Resumindo,estes produtos devem ser consumidos como complementos e não devemos nos esquecer que a Organização Mundial de Saúde, recomenda comer ao menos 05 porções de frutos e verduras frescos por dia.