Todos esses "posts" sobre a nossa paixão por bolsas foi somente para chegar até aqui, ou seja para falar do mais novo livro do sociólogo francês Jean-Claude Kaufmann, o qual acabou de ser lançado e já está fazendo o maior sucesso por aqui e que eu tomei conhecimento na minha visita a FNAC semana passada.
O livro chama-se : Le sac, un petit monde d’amour - Editora Lattes, 2011.
"A bolsa um pequeno mundo de amor"
A bolsa não é um lugar comum. Mergulhando
nessas profundezas este livro revela um mundo vasto é fascinante. A bolsa é um lugar
onde colocamos um pouco de tudo. Acessório de moda a bolsa não tem nada de
acessório.
Jean-Claude Kaufmann nos explica o porquê da
bolsa ser um lugar privilegiado onde se fabrica a identidade de cada um. Não se
admirem que certas pessoas podem contar suas vidas através de suas bolsas e de
seus conteúdos. Quanto às pequenas coisas que ela contém mesmo as mais ridículas sempre tem algo a
dizer. Não é incomum, por exemplo, encontrarmos até pedras. E ainda podemos
fazer piadas de nós mesmas. Porque nela se esconde muitas pepitas de
sentimentos e de emoções. Jean-Claude Kaufmann não tem nenhuma
dúvida: entre ternura e paixão, a bolsa é um pequeno e verdadeiro mundo de amor
o qual ele nos convida a partilhar.
Jean-Claude Kaufmann é um sociólogo, diretor de pesquisa no CNRS,ele observa os detalhes da vida cotidiana com humor e mostra que nada é trivial. Seus livros já foram traduzidos para 15 idiomas.
Alguns pontos levantados pelo autor:
Jean-Claude Kaufmann é um sociólogo, diretor de pesquisa no CNRS,ele observa os detalhes da vida cotidiana com humor e mostra que nada é trivial. Seus livros já foram traduzidos para 15 idiomas.
Alguns pontos levantados pelo autor:
- a bolsa é mais que um acessório, é um desejo profundo;
- a bolsa representa a parte mais íntima da mulher e está ligada à constituição da identidade feminina, pode conter fotos, lembranças de momentos carregados de afetividade, objetos preciosos situados além de toda análise racional.
- a bolsa é uma companheira fiel, amiga íntima que tem resposta para tudo. Ela está sempre ao lado, pronto para às necessidade funcionais, afetivas e sociais;
- a bolsa tem dupla função. O interior é um mundo à parte, fora da vista e do julgamento dos outros. O exterior gosta de se exibir e define o poder social da proprietária. Graças à bolsa, você será olhada com mais respeito. Séculos passados a bolsa era usada somente no domingo. A emancipação feminina foi acompanhada pela evolução do papel da bolsa.
- a bolsa é uma arma psicológica para aumentar a auto estima.
- Para finalizar, a bolsa será sempre somente feminina? Após uma tentativa frustrada de bolsas masculinas nos anos oitenta, talvez os homens sejam obrigados a terem uma bolsa pendurada nos ombros. Os bolsos não conseguem mais suportar os iPads, iPhones e tudo mais.
- Mas de acordo com Kaufmann, o interior destas bolsas/pastas masculinas será sempre decepcionante e pobre. Não terá todos estes sinais ligados à vida como farelo de biscoitos do lanche das crianças.
Analisando bem, ele tem razão!
Fica a dica de mais este livro.
Um comentário:
Meninas mas que homem é este?
Preciso comprar este livro.
Excelente artigo, adorei.
bjs
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